Diretrizes da Green Trail para gerentes de trilhas

Abaixo está um conjunto de diretrizes para gestores de trilhas com base nos critérios e subcritérios fornecidos no site da ERA Green Trails. Estas diretrizes foram elaboradas para ajudar os gestores de trilhas a implementar ações sustentáveis ​​sem necessariamente buscar a certificação como Trilha Verde.

Use-os como um todo ou escolha o que é valioso para você.

Diretrizes para equipes de gerenciamento de trilhas: Implementando ações sustentáveis, resilientes ao clima e responsáveis


1. Sustentabilidade Ambiental e Resiliência Climática

1.1 Manutenção de Trilhas, Controle de Erosão e Adaptação Climática

  • Inspeções Regulares com Considerações Climáticas: Realizar inspeções regulares para identificar áreas propensas à erosão, tendo em conta os impactos relacionados com o clima, como o aumento das chuvas e condições meteorológicas extremas. Use materiais e técnicas sustentáveis ​​e resistentes ao clima, como barreiras naturais e superfícies permeáveis, para aumentar a resiliência da trilha às mudanças climáticas.
  • Construção Sustentável e Adaptativa: Ao construir ou reparar trilhas, incorpore projetos que levem em conta as mudanças nas condições climáticas, como sistemas de drenagem melhorados para lidar com chuvas mais intensas. Utilizar métodos de construção que minimizem o impacto ambiental e evitem áreas vulneráveis ​​à erosão induzida pelo clima.

1.2 Proteção de Ecossistemas, Vida Selvagem e Áreas Sensíveis ao Clima

  • Identificação e proteção de áreas sensíveis: Identificar, mapear e proteger ecossistemas e habitats de vida selvagem particularmente vulneráveis ​​às alterações climáticas. Estabelecer zonas tampão para evitar o impacto humano nestas áreas críticas e restringir o acesso durante períodos sensíveis, tais como épocas de reprodução.
  • Educação sobre Clima e Ecossistemas: Educar os visitantes sobre os efeitos das mudanças climáticas nos ecossistemas locais e na vida selvagem. Utilize sinalização, brochuras e meios digitais para os informar sobre como podem reduzir a sua pegada de carbono e proteger áreas sensíveis.

1.3 Gestão de Resíduos, Redução de Carbono e Mitigação do Overturismo

  • Programas abrangentes de resíduos e reciclagem: Instale e mantenha caixas de lixo, reciclagem e compostagem em locais importantes. Incentive os visitantes a reduzir o desperdício e a reciclar, fornecendo instruções e lembretes claros, e implemente programas de transformação de resíduos em energia sempre que possível.
  • Gestão Sustentável de Visitantes: Monitorizar o número de visitantes e implementar medidas para evitar o turismo excessivo, tais como limitar o número de visitantes durante os horários de pico ou oferecer rotas alternativas para espalhar o impacto dos visitantes. Utilize dados da recolha de resíduos e da monitorização ambiental para ajustar o número de visitantes conforme necessário para manter a sustentabilidade.

1.4 Energias Renováveis ​​e Eficiência Energética

  • Integração de energia renovável: Instalar sistemas de energia renovável, como painéis solares e turbinas eólicas, para abastecer instalações de trilhas. Isto reduz a dependência de combustíveis fósseis e minimiza a pegada de carbono da trilha.
  • Eficiência Energética e Gestão Inteligente: Substitua a iluminação convencional por LEDs energeticamente eficientes e utilize aparelhos economizadores de energia nas instalações das trilhas. Implemente sistemas inteligentes de gestão de energia para monitorar e reduzir o consumo geral de energia.

2. Preservação Cultural e Patrimonial

2.1 Respeito pelos Locais Culturais com Consciência Climática

  • Proteção de locais culturais resistentes ao clima: Identificar e proteger locais culturais e patrimoniais, especialmente aqueles vulneráveis ​​aos impactos climáticos, como a subida do nível do mar ou o aumento das temperaturas. Utilizar medidas de adaptação ao clima para preservar estes locais para as gerações futuras.
  • Envolvimento comunitário no clima e na cultura: Envolver as comunidades locais para integrar a sensibilização para as alterações climáticas na preservação dos locais culturais. Destacar as práticas tradicionais que contribuem para a resiliência climática e a gestão ambiental, e envolver a comunidade na protecção destes locais.

2.2 Materiais Educacionais, Interpretação e Turismo Sustentável

  • Interpretação Cultural e Climática: Instalar sinais interpretativos que forneçam informações sobre a história local, as tradições e os impactos das alterações climáticas no património cultural. Certifique-se de que estes sinais sejam informativos, acessíveis e enfatizem a ligação entre cultura, clima e sustentabilidade.
  • Práticas de Turismo Sustentável: Desenvolver experiências para os visitantes que destaquem a preservação cultural e o turismo sustentável, tais como visitas guiadas que se concentrem nos impactos das alterações climáticas nas tradições locais. Incentive os visitantes a apoiar as economias locais de maneiras que sejam culturalmente respeitosas e ambientalmente sustentáveis.

2.3 Promoção da sensibilidade cultural e do comportamento responsável pelo clima

  • Treinamento de Sensibilidade Cultural e Climática: Fornecer treinamento para funcionários e voluntários da trilha sobre sensibilidade cultural e climática. Certifique-se de que compreendem a importância de interações respeitosas com as comunidades locais e como as alterações climáticas afetam estas comunidades.
  • Diretrizes para Visitantes sobre Sustentabilidade e Ação Climática: Criar e distribuir diretrizes que incentivem um comportamento respeitoso em relação aos locais culturais e às práticas conscientes do clima. Inclua estas diretrizes em todos os materiais dos visitantes para promover a sensibilidade cultural e o comportamento consciente do clima.

3. Segurança, acessibilidade e resiliência climática

3.1 Sinalização de trilhas, informações de segurança e alertas relacionados ao clima

  • Sinalização abrangente com alertas climáticos: Certifique-se de que as trilhas estejam bem sinalizadas com sinalização clara que inclua informações de segurança relacionadas ao clima, como avisos sobre condições climáticas extremas, riscos de incêndio ou inundações. Instale pontos de contato de emergência ao longo da trilha e forneça informações sobre como se manter seguro durante eventos climáticos.
  • Informações climáticas em tempo real: Fornece informações atualizadas sobre as condições climáticas atuais e previstas. Use plataformas digitais ou aplicativos para enviar alertas em tempo real aos visitantes sobre perigos potenciais, como tempestades ou calor extremo, garantindo que eles possam tomar as precauções necessárias.

3.2 Manutenção regular, adaptação climática e prevenção do excesso de turismo

  • Manutenção Resiliente ao Clima: Realizar manutenção de rotina focada em aumentar a resiliência da trilha às mudanças climáticas, como reforçar áreas propensas a deslizamentos de terra, reparar danos causados ​​por tempestades ou instalar sistemas de gestão de água. Avalie e adapte regularmente estas medidas para garantir que permanecem eficazes.
  • Gestão do fluxo de visitantes: Monitore e gerencie os fluxos de visitantes para evitar o turismo excessivo. Implementar estratégias como sistemas de entrada cronometrados, limitando o acesso durante eventos climáticos de alto risco e incentivando a visitação fora dos horários de pico para reduzir a pressão ambiental e aumentar a segurança.

3.3 Recursos de acessibilidade com foco no clima e na sustentabilidade

  • Acessibilidade Adaptada ao Clima: Incorpore recursos de acessibilidade na trilha que sejam resilientes às condições climáticas, como materiais que permaneçam estáveis ​​em temperaturas extremas ou caminhos projetados para permanecerem acessíveis durante chuvas fortes ou ondas de calor.
  • Sustentabilidade na Acessibilidade: Utilize materiais sustentáveis ​​e soluções energeticamente eficientes ao instalar ou atualizar recursos de acessibilidade, garantindo que essas melhorias se alinham com objetivos ambientais e climáticos mais amplos.

4. Comportamento responsável dos visitantes, ação climática e prevenção do turismo excessivo

4.1 Princípios de Não Deixar Rastros com Foco no Clima e na Sustentabilidade

  • Educação de visitantes conscientes do clima: Eduque os visitantes sobre os princípios Leave No Trace, enfatizando ações que reduzem sua pegada de carbono, como o uso de transporte sustentável, minimização de resíduos e conservação de energia. Use workshops, sinalização e ferramentas digitais para divulgar esta mensagem.
  • Programas de Gestão com Metas Climáticas e de Sustentabilidade: Envolver os visitantes em atividades de gestão que também contribuam para a ação climática, como a plantação de árvores, a restauração de habitats ou a manutenção de trilhos de uma forma que aumente a resiliência climática.

4.2 Acampamento Responsável, Conscientização Climática e Gestão do Overturismo

  • Práticas de acampamento adaptadas ao clima: Designar parques de campismo tendo em mente a resiliência climática, garantindo que estão protegidos contra perigos relacionados com o clima, como inundações ou incêndios. Fornecer diretrizes que incentivem o uso de fontes de energia renováveis, a redução de resíduos e práticas de acampamento de impacto mínimo.
  • Mitigação do excesso de turismo em camping: Implementar medidas para controlar o número de campistas, especialmente durante a época alta ou em áreas sensíveis. Considere exigir reservas para gerenciar o número de visitantes e reduzir o impacto ambiental do acampamento.

4.3 Respeito pela Vida Selvagem e Conscientização sobre o Impacto Climático

  • Diretrizes de interação entre clima e vida selvagem: Educar os visitantes sobre como as alterações climáticas afectam a vida selvagem local e como podem minimizar o seu impacto. Incentive comportamentos como manter distâncias seguras dos animais, evitar alimentar a vida selvagem e respeitar os limites do habitat.
  • Monitoramento e gerenciamento do impacto na vida selvagem: Monitorizar regularmente a forma como as alterações climáticas estão a afectar as populações locais de vida selvagem e ajustar as práticas de gestão dos trilhos em conformidade. Utilize estes dados para informar os visitantes sobre a ligação entre as alterações climáticas e a conservação da vida selvagem, incentivando-os a assumir um papel ativo na proteção da vida selvagem.

5. Envolvimento comunitário, impacto económico e resiliência climática

5.1 Colaboração Comunitária para Resiliência Climática e Sustentabilidade

  • Parcerias locais resilientes ao clima: Trabalhar em estreita colaboração com as comunidades locais para integrar a resiliência climática e a sustentabilidade no planeamento e gestão de trilhos. Realizar reuniões regulares para recolher contributos sobre os impactos climáticos e abordar as preocupações da comunidade relacionadas com a sustentabilidade e a gestão ambiental.
  • Apoio a eventos culturais resistentes ao clima: Promover e apoiar eventos culturais locais que se concentrem na resiliência e sustentabilidade climática. Incentive os visitantes a participarem nestes eventos para fortalecer os laços comunitários e promover a ação climática.

5.2 Promoção de Negócios Locais e Turismo Climaticamente Inteligente

  • Apoio a empresas locais climaticamente inteligentes: Promover empresas que priorizem práticas amigas do clima, como aquelas que utilizam energia renovável, oferecem produtos sustentáveis ​​ou contribuem para esforços locais de conservação. Destaque esses negócios em materiais relacionados às trilhas e incentive os visitantes a apoiá-los.
  • Pacotes de Ecoturismo e Adaptação Climática: Trabalhar com os conselhos de turismo locais para desenvolver e promover pacotes de ecoturismo que enfatizem estratégias de adaptação climática e práticas sustentáveis. Conceba estes pacotes para minimizar a pegada de carbono dos visitantes e garantir que o turismo beneficia as comunidades locais.

5.3 Benefícios comunitários e resiliência económica

  • Emprego local em funções resilientes ao clima: Criar oportunidades de emprego que apoiem tanto a gestão de trilhos como a resiliência climática, tais como posições em monitorização ambiental, turismo sustentável ou projetos de energias renováveis. Fornecer treinamento para ajudar os residentes locais a desenvolver habilidades nessas áreas.
  • Programas de Voluntariado para Resiliência Climática e Económica: Estabelecer programas de voluntariado que envolvam os residentes locais em atividades que construam a resiliência climática e apoiem o desenvolvimento económico sustentável. Reconhecer e recompensar as contribuições voluntárias para incentivar a participação contínua na ação climática e nos esforços de resiliência comunitária.

Estas diretrizes fornecem uma estrutura abrangente para os gestores de trilhas implementarem ações sustentáveis, resilientes ao clima e responsáveis. Ao concentrarem-se nestas áreas, os gestores de trilhos podem proteger o ambiente, preservar o património cultural, gerir os impactos dos visitantes e promover resultados económicos positivos para as comunidades locais – ao mesmo tempo que enfrentam os desafios das alterações climáticas e evitam as armadilhas do excesso de turismo.